domingo, 24 de agosto de 2008

Escolhendo o destino - parte 2.

Como eu disse no post anterior, nossas opções estavam entre Colorado e Montana. A Intercultural oferece ferramentas que facilitam a procura de emprego dos participantes Independent, onde você pode pesquisar sobre os principais destinos, informações sobre moradia, transporte, etc. Munidas desses sites, nos apaixonamos por Big Sky, em Montana. Um dos empregadores oferecia moradia de graça no hotel e a moradia era nossa maior dor-de-cabeça para nós que queremos economizar bastante. A partir disso, passamos a mandar e-mails frequentes para esse hotel.

Aí veio o balde de água fria. Eles não iriam contratar para a temporada de 2008/2009. Como assim? Pesquisa vai, pesquisa vem, descobrimos que o hotel havia pegado fogo na temporada anterior e tinha decidido não abrir as portas no inverno desse ano. Já tínhamos mais do que certeza de que iríamos para lá e, por conta disso, acabamos nos desanimando.

Então voltamos a cogitar o Colorado. Separamos algumas opções de lojas, resorts, etc., mas nada nos agradava 100%. No meio disso tudo, o Footprints, uma das ferramentas do sponsor da Intercultural, a CCUSA, começou a ser atualizado. Empregadores começaram a aparecer aos poucos lá para que enviássemos nossos perfis. No meio deles, uma bolinha azul no estado de Utah. Um emprego na cidade de Salt Lake City.

Era um destino que nunca havíamos cogitado. Salt Lake City é a capital do estado de Utah. É uma cidade de mórmons, de aproximadamente 200 mil habitantes. Muitas estações de ski ficam na proximidade, como Park City, Deer Valley, etc. A partir dessa descoberta, passamos a pesquisar coisas sobre o lugar. A maior parte dos intercambistas em Salt Lake trabalha no Aeroporto Internacional. O empregador do Footprints era a AirServ Corporation, oferecendo vagas para limpeza dos aviões, para cuidar de crianças, ajudar pessoas com deficiências físicas, etc.

Depois de muitas pesquisas, descobrimos um empregador do aeroporto, o Air Terminal Gifts, e conversando com ex-participantes que trabalharam lá nos interessamos bastante. Além da proporção de intercambistas pelo tamanho da cidade ser pequena, os empregos eram para vendedores. Ou seja, contato direto com americanos e pessoas de todos os cantos do mundo. A partir disso, eu enviava e-mails para a responsável do RH deles direto, até que ela me respondeu dizendo que ela talvez estivesse interessada e para que enviássemos nossos perfis para ela. A partir disso, o processo foi rápido. Assim que as informações deles apareceram no Footprints, enviamos nossos perfis e, 2 dias depois, estávamos com uma job offer em mãos.

Nesse processo, tivemos algumas dúvidas se deveríamos mesmo ir para Salt Lake. Mas toda vez que falávamos sobre o assunto uma onda de adrenalina entrava no recinto e ficávamos totalmente elétricas e empolgadas. E o mais engraçado é que a empolgação não passava. Se aparecia outro emprego mais "interessante" no Footprints, e a gente ameaçasse se desanimar e achar que tínhamos sido precipitadas, em menos de 10 minutos vinha outra onda de adrenalina e começávamos a falar sobre Salt Lake sem a menor dúvida de que escolhemos o lugar certo.

É importante que o intercambista conheça bem seu destino. Muita gente decide fazer esse programa sem ter idéia de onde ao menos gostaria de ir, outros decidem com apenas um lugar na cabeça. Esse tipo de atitude pode frustrar muito. Você pode acabar em um lugar que não tenha nada a ver contigo, em um emprego que você aceitou por falta de opções e até mesmo em um lugar que era "moda" por não ter pesquisado melhor. Quando estiver indo para algum lugar, tenha convicção de que é para lá que você quer ir. Se conseguir um emprego em determinado lugar, pesquise, descubra os pontos altos do lugar, lugares próximos que pode visitar, atrações da cidade, etc. Todos os lugares possuem atrativos, basta você procurar por eles para que seu intercâmbio seja nada menos que uma experiência inesquecível.

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